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Minha pátria é dos mendigos e miseráveis

Dos sem-teto, dos sem-berço, dos sem-chão

É de quem procura abrigo

Dos que estão mais vulneráveis

Minha pátria é dos que têm mais precisão

 

É dos índos, dos artistas, das mulheres

Dos trangêneros, dos gays e travestis

Dos que não usam camisa, nem sapato, nem talheres

Desses que ninguém precisa, é o meu país

 

Homem branco adulto

Hetero e cristão

Não pode ser só sua essa nação

 

Minha pátria é dos caboclos, dos cafusos, mamelucos

É dos negros, e outras cores, qualquer tez

É dos lúdicos românticos

Dos poetas e malucos

Minta pátria é dos que não têm voz nem vez

 

Das crianças, velhos e deficientes

Dos "moleques do internato" e das Genis

Pais de Santos, hinduístas

Dos Imãs, Monges Budistas

De quem não tem vez nem voz, é o meu país

 

Homem branco adulto

Hetero e cristão

Não pode ser só sua essa nação